Cura Incrível à Vista? Inchaço no Cérebro Pode Ajudar Lesões na Medula!

Um estudo da *Science Translational Medicine* mostra que, após lesões na medula espinhal, neurônios dos camundongos aumentam de tamanho, levando à morte celular. Pesquisadores descobriram que a medicação bumetanida reduziu esse inchaço e melhorou a recuperação. Os resultados destacam a importância do inchaço neuronal em lesões na medula espinhal, necessitando de mais pesquisas para entender suas implicações em humanos.

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Mundo Micro

9/30/20241 min ler

Um novo estudo publicado em 25 de setembro na Science Translational Medicine revela que após uma lesão severa na medula espinhal, as células nervosas dos camundongos aumentam de tamanho, um fenômeno que pode ter consequências fatais. A pesquisa, liderada pelo neurocientista Bo Chen da Universidade do Texas em Galveston, observou que alguns neurônios permanecem inchados por mais tempo do que o esperado, levando à morte celular.

Investigação Detalhada

Até agora, não estava claro quanto tempo os neurônios permaneciam inchados ou se isso resultava em morte celular. Para investigar, a equipe desenvolveu uma técnica inovadora que combina engenharia genética, tecido transparente da medula espinhal e aprendizado de máquina, permitindo a análise de mais de 30.000 neurônios em uma área de apenas 3 milímetros.

Os resultados mostraram que os neurônios inibitórios, responsáveis por reduzir a atividade de outras células, incharam rapidamente após a lesão, retornando ao tamanho normal em 14 dias. Em contraste, os neurônios excitatórios, que aumentam a atividade celular, permaneceram inchados por até 35 dias, resultando em maior taxa de morte celular.

Tratamento Promissor

Uma medicação chamada bumetanida, comumente usada para tratar edema em humanos, foi capaz de reduzir o inchaço e a morte celular em camundongos. Aqueles que receberam o tratamento mostraram uma recuperação significativa, demonstrando maior capacidade de movimentar as patas.

Esses achados destacam a importância do inchaço neuronal nas lesões da medula espinhal, embora mais pesquisas sejam necessárias para entender esse processo em humanos e avaliar a eficácia da bumetanida em tratamentos futuros, conforme enfatiza Chen.

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