Engenheiros estão criando baterias em miniatura para fornecer energia a robôs do tamanho de células.
Engenheiros estão inovando ao desenvolver baterias de dimensões reduzidas, projetadas para alimentar robôs que possuem o tamanho de células. Essa tecnologia promete ampliar as possibilidades de aplicação de robôs em áreas como medicina e pesquisa científica.
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Mundo Micro
9/30/20242 min ler


Baterias Minúsculas: O Futuro da Robótica Autônoma
Engenheiros do MIT estão revolucionando o mundo da robótica com a criação de baterias de zinco-ar tão pequenas que são menores que um grão de areia. Essas inovações não apenas possibilitam que robôs do tamanho de células sintam e respondam ao ambiente, mas também abrem caminho para aplicações incríveis, como a entrega de medicamentos no corpo humano e a detecção de vazamentos em gasodutos.
Uma Revolução na Energia Robótica
Com apenas 0,1 milímetros de comprimento e 0,002 milímetros de espessura—o equivalente à espessura de um fio de cabelo humano—essas baterias têm o potencial de mudar a forma como pensamos sobre robôs. Elas capturam oxigênio do ar e o utilizam para oxidar o zinco, gerando uma corrente de até 1 volt, o suficiente para alimentar pequenos circuitos, sensores ou atuadores. “Isso pode transformar a robótica”, afirma Michael Strano, professor de engenharia química do MIT e autor sênior do estudo.
Criando Autonomia
Durante anos, o laboratório de Strano tem trabalhado em robôs minúsculos que podem perceber e reagir a estímulos do ambiente. Um dos maiores desafios nesse desenvolvimento é garantir que esses robôs tenham energia suficiente para operar de maneira independente.
Tradicionalmente, robôs em microescala dependiam de fontes de energia externas, como lasers, tornando-os limitados em sua mobilidade. A inovação das baterias permite que esses robôs deixem de ser "marionetes" e se tornem autônomos, capazes de explorar áreas que seriam inalcançáveis sem uma fonte de energia interna.
Como Funciona?
A bateria consiste em um eletrodo de zinco e um eletrodo de platina, embutidos em um polímero chamado SU-8, utilizado na microeletrônica. Quando esses eletrodos interagem com o oxigênio do ar, o zinco se oxida, liberando elétrons e criando uma corrente elétrica. Os pesquisadores demonstraram que essa bateria pode alimentar um atuador, como um braço robótico que levanta e abaixa, além de um memristor—um componente que armazena informações—e um circuito de relógio.
Essas baterias também fornecem energia para sensores que detectam produtos químicos no ambiente, permitindo que os robôs interajam de maneira mais eficiente com o mundo ao seu redor.
O Futuro dos Robôs
Atualmente, a equipe conecta as baterias a dispositivos externos com fios, mas em projetos futuros planejam integrar as baterias diretamente nos robôs. “Esse será o núcleo de muitos dos nossos esforços robóticos”, diz Strano. Imagine robôs minúsculos que podem ser injetados no corpo humano, procurando alvos específicos e liberando medicamentos como a insulina. Para essas aplicações, os pesquisadores estão desenvolvendo dispositivos feitos de materiais biocompatíveis que se desintegram quando não são mais necessários.
Além disso, eles estão trabalhando para aumentar a voltagem das baterias, o que permitirá ainda mais possibilidades de uso.
Conclusão
Essa pesquisa, financiada por instituições como o Escritório de Pesquisa do Exército dos EUA e o Departamento de Energia dos EUA, promete um futuro fascinante para a robótica. À medida que essas pequenas baterias ganham destaque, as possibilidades de robôs autônomos e suas aplicações se tornam cada vez mais emocionantes. O que mais o futuro reserva para a robótica? Só o tempo dirá!
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