Neuralink, o que é e como estão as pesquisas
Neuralink Avança no Desenvolvimento de Interfaces Cérebro-Computador com Primeira Implantação Humana
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10/7/20244 min ler


Neuralink Avança no Desenvolvimento de Interfaces Cérebro-Computador com Primeira Implantação Humana
A Neuralink, empresa fundada por Elon Musk, alcançou um marco importante em seu objetivo de integrar a tecnologia diretamente com o cérebro humano. Em janeiro, foi realizada a primeira implantação humana de uma interface cérebro-computador (BCI), marcando um avanço significativo no estudo conhecido como PRIME. Logo após a cirurgia, a equipe conseguiu detectar sinais neurais do participante, que posteriormente usou o sistema BCI para atividades como jogar xadrez online e o jogo Civilization VI. Este progresso representa uma promessa para restaurar a autonomia digital de milhões de pessoas que sofrem de condições debilitantes, como tetraplegia e esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Visão da empresa
Desde sua criação, a Neuralink trabalha para desenvolver uma plataforma de entrada e saída generalizada que possa interagir com diversas áreas do cérebro. Essa tecnologia visa tratar condições neurológicas e doenças debilitantes do sistema nervoso central. A empresa tem como meta inicial a restauração da autonomia digital para pessoas que perderam a capacidade de se comunicar e interagir com o mundo devido a lesões medulares ou doenças neurodegenerativas.
O conceito, que a empresa apelidou de "Telepatia", é permitir que essas pessoas usem a interface cérebro-computador para interagir com dispositivos digitais sem a necessidade de movimento físico.
Tecnologia e Implantação
A versão atual do dispositivo, chamado N1, é um implante intracortical com capacidade de registrar a atividade neural através de 1.024 eletrodos distribuídos em 64 fios flexíveis. Cada fio é mais fino que um fio de cabelo humano, o que minimiza o risco para o participante e maximiza a eficiência do dispositivo, já que os fios podem ser inseridos em áreas específicas do cérebro, próximas aos neurônios de interesse.
Para garantir uma inserção precisa e segura, a Neuralink desenvolveu o Robô R1, um sistema cirúrgico avançado capaz de implantar os fios de forma rápida e confiável. O robô é projetado para manipular os fios finos de maneira que seria impossível manualmente, inserindo-os com precisão no córtex cerebral, próximo aos neurônios responsáveis pelas funções que se deseja restaurar.
Próximos Passos
Embora a Neuralink tenha feito grandes progressos, a empresa reconhece que ainda há um longo caminho pela frente. A tecnologia está em fase de testes e aprimoramento, com o objetivo de torná-la acessível e segura para milhões de pessoas. O futuro da Neuralink depende da sua capacidade de continuar desenvolvendo a interface cérebro-computador, buscando não apenas restaurar funções perdidas, mas também abrir novas possibilidades de comunicação direta entre o cérebro humano e dispositivos digitais.
Este avanço marca o início de uma nova era na medicina neurológica, com potencial para transformar a forma como tratamos doenças debilitantes e restauramos a autonomia de pacientes que enfrentam condições graves.
Neuralink Avança com Primeiro Ensaio Clínico Humano: Estudo PRIME
A Neuralink está dando passos decisivos no desenvolvimento de sua interface cérebro-computador (BCI) com o início do Estudo PRIME, seu primeiro ensaio clínico em humanos. A jornada para construir as tecnologias necessárias foi complexa e exigiu avanços significativos em várias áreas.
Para garantir a precisão dos componentes do dispositivo, a Neuralink estabeleceu recursos internos de microfabricação, possibilitando a produção rápida de matrizes de filme fino que compõem os fios de eletrodo. Além disso, foi criada uma fresadora a laser de femtossegundo personalizada, capaz de fabricar peças com precisão em nível de mícron. Esses componentes são essenciais para o funcionamento preciso e seguro do implante.
O desenvolvimento foi acompanhado de sistemas de teste inovadores, como os racks de teste de vida útil acelerada, que simulam ambientes cirúrgicos para validar a robustez da tecnologia. Esses testes garantem que os dispositivos possam funcionar de maneira confiável durante um longo período. Além disso, foram realizados inúmeros ensaios cirúrgicos para aperfeiçoar os procedimentos de implantação, garantindo que os processos se tornem altamente eficientes e seguros.
A Neuralink também estabeleceu uma infraestrutura interna dedicada aos cuidados com animais, superando os mais altos padrões de bem-estar e uso de animais em laboratório. Isso é fundamental para garantir que os dispositivos médicos sejam devidamente testados antes de serem utilizados em humanos.
Envolvimento de Pacientes e Feedback
Um aspecto crucial do desenvolvimento da tecnologia da Neuralink foi o constante envolvimento de pessoas com tetraplegia. A empresa formou um Registro de Pacientes, além de um Conselho Consultivo do Consumidor e parcerias com diversos grupos de defesa de pacientes. O feedback coletado dessas pessoas desempenha um papel fundamental na modelagem e melhoria contínua do design dos dispositivos, garantindo que a tecnologia atenda às necessidades reais dos pacientes.
Essas iniciativas fazem parte do compromisso da Neuralink de desenvolver uma interface cérebro-computador capaz de transformar vidas, restaurando a autonomia digital de pessoas com condições debilitantes, como lesões medulares e esclerose lateral amiotrófica (ELA). O Estudo PRIME marca o início de uma nova era para a empresa, que continua a refinar suas tecnologias para aplicação clínica em grande escala.
FONTE <Atualização do progresso do estudo PRIME | Blogue | Neuralink>
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