Vacina Promissora Contra Câncer de Mama Triplo Negativo: Resultados Inovadores em Testes

Avanço Incrível na Medicina: Vacina Mostra Resultados Promissores no Combate ao Câncer de Mama Triplo Negativo!

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Mundo micro

10/6/20243 min ler

Câncer de mama triplo negativo

Primeiramente, o que é câncer de mama triplo negativo?

Esse tipo de câncer se caracteriza pela ausência de receptores de estrogênio e progesterona, além de não produzir a proteína HER2, sendo responsável por cerca de 15% dos casos de câncer de mama no mundo. Ele é considerado mais agressivo e ocorre com maior frequência em mulheres com menos de 40 anos.

Devido à sua agressividade, ele não estimula uma resposta imunológica forte, tornando as imunoterapias atuais pouco eficazes.

Na última semana, uma notícia promissora trouxe esperança para a área da saúde: uma vacina contra o câncer de mama triplo negativo, desenvolvida pela Universidade de Harvard. A imunização, ainda em fase de testes, demonstrou ser capaz de destruir células cancerígenas, semelhante à quimioterapia, e de criar uma memória imunológica duradoura, como os tratamentos de imunoterapia.

Essa pesquisa, liderada pela Professora Catherine J. Wu, está focada em desenvolver vacinas personalizadas que visam as mutações específicas de cada tumor. A ideia é que essas vacinas estimulem o sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas de forma mais eficiente.

A abordagem inovadora envolve a apresentação de antígenos aos linfócitos T e às células assassinas naturais (NK), promovendo uma resposta imunológica coordenada que impede a metástase, como observado em camundongos. A pesquisa, publicada na renomada revista científica Nature Communications, apresentou 100% de eficácia nesses animais.

O que significa essa descoberta?

É importante esclarecer que as vacinas contra o câncer, como essa, são utilizadas em situações em que a doença já está instalada, ou seja, são tratamentos e não medidas preventivas. Contudo, para as pacientes com câncer de mama triplo negativo, a descoberta é animadora. Segundo Hua Wang, coautor do estudo, esse tipo de câncer não gera uma resposta imunológica eficaz, o que torna as imunoterapias atuais ineficazes no combate a ele.

A nova vacina, por outro lado, visa combinar a efetividade da quimioterapia, que destrói as células doentes, com a eficácia duradoura da imunoterapia, que ajuda o sistema imunológico a identificar e combater o câncer. Assim, esse tratamento reúne o melhor dos dois mundos, mas de forma menos agressiva à saúde das pacientes.

Como funciona a vacina?

O mecanismo da vacina "implantável" é bastante inovador. Ela incorpora antígenos associados a tumores (TAAs) em um pequeno implante, do tamanho de uma aspirina, que seria inserido sob a pele da paciente, próximo ao local do tumor. Nos testes com camundongos, o implante foi posicionado perto de um linfonodo, um órgão do sistema linfático envolvido na defesa do organismo.

O vídeo acima ilustra de forma básica, como funciona o implante. Autoria própria.

Essa localização estratégica permite que as células dendríticas, responsáveis por reconhecer substâncias estranhas, detectem o implante rapidamente, desencadeando uma resposta imunológica capaz de atacar as células cancerosas.

Embora o desenvolvimento de vacinas personalizadas para cada tipo de câncer seja um processo demorado e caro, a possibilidade de um tratamento com essa eficácia já é motivo de esperança.

Futuro da pesquisa

A equipe de Harvard, liderada por Catherine J. Wu, continua investigando a combinação de quimioterapia com vacinas para melhorar a eficácia antitumoral. A pesquisa está em fase de testes clínicos e tem mostrado resultados promissores. Eles esperam que, em breve, a vacina avance para a fase de testes em humanos.

Para mais detalhes, acesse o site do Wyss Institute at Harvard University e do Dana-Farber Cancer Institute, que publicam atualizações sobre suas pesquisas.